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Poema: As chuvas de outono (Por Francisco de Assis Sousa)

"Nas ruas de outono os meus passos vão ficar" (Ana Carolina)

Por Francisco de Assis Sousa*

As chuvas de outono apresentam, através da folhas da caatinga a passagem tênue entre a vida e a morte.
As chuvas de outono

A brisa de junho
faz cair as chuvas de outono
inebriadas por pingos amarelos
que se assentam no solo duro
a escorrer pelos riachos nus
de pedras solitárias
A cor do dia
se concentra no azul do céu
de ramagens esparsas
no adornado assovio das cigarras
e no silêncio sincrético
dos bem-te-vis sorridentes

Francisco de Assis Sousa é professor, cronista, poeta e presidente da Academia de Letras da Região de Picos – ALERP

 

 

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