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Após nova alta nos preços dos combustíveis, presidente da Petrobras não resiste à pressão e renuncia 

Sob forte pressão do governo e aliados, o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, anunciou nesta segunda-feira (20) sua renúncia ao cargo. O executivo já havia sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas aguardava assembleia de acionistas referendar seu substituto.

Em nota, a empresa disse que a nomeação de um presidente interino será examinada pelo conselho de administração. O substituto indicado pelo governo, Caio Paes de Andrade, ainda não teve seu nome aprovado pelo comitê interno que avalia as nomeações na estatal.

José Mauro Ferreira Coelho, presidente da Petrobrás – Jefferson Rudy – 7.out.2019/Agência Senado

Segundo a Petrobras, Coelho também renunciou à sua vaga no conselho de administração da companhia. Ele havia sido eleito para o colegiado no dia 13 de abril e, no dia seguinte, teve seu nome referendado para o comando da estatal.

Sua demissão foi anunciada por Bolsonaro no dia 23 de maio, mas Coelho anunciou que ficaria no cargo até a próxima assembleia de acionistas, que ainda não foi agendada.

O governo intensificou pressão sobre a diretoria da empresa após reajustes nos preços da gasolina e do diesel anunciados na sexta (17), logo após a aprovação pelo Congresso de projeto que estabelece teto para o ICMS sobre os combustíveis.

Em artigo publicado na Folha neste domingo (19), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chamou Coelho de “presidente ilegítimo, que não representa o acionista majoritário e pratica o terrorismo corporativo como vingança pessoal contra o presidente da República”.

Governo e aliados no Congresso ameaçam a instalação de uma CPI para investigar a direção da companhia.​

“Chegou a hora de tirar a máscara da Petrobras”, escreveu Lira.

Fonte: Folha de São Paulo

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