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Vice de Bolsonaro, General Mourão tem raízes no Piauí e quer visitar o estado; saiba mais

O vice-presidente eleito do Brasil, General Hamilton Mourão, tem raízes no Piauí. Protagonista de polêmicas durante a campanha de Jair Bolsonaro (PSL), é hoje peça fundamental do futuro governo e caso assuma o Planalto na ausência do capitão do Exército, pode ser o primeiro presidente com raízes diretas no Piauí.

General Mourão e Jair Bolsonaro  

A origem do próximo vice-presidente vem da cidade de Pedro II, no Norte do estado. Lá nasceu o seu avô, que assim como seu pai, tem o mesmo nome, Antônio Hamilton Mourão. O piauiense estudou Direito em Recife (PE) e depois foi morar no Amazonas. Com a carreira reconhecida, ele foi presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas em 1931, 1932, 1935, 1936, e 1941. Lá conheceu sua esposa e teve Antônio Hamilton Mourão, pai do vice de Bolsonaro.

General Mourão nasceu em 1953 em Porto Alegre (RS) e hoje, com 65 anos assume, uma função estratégica no futuro governo. O 180 encontrou parentes dele na cidade de Pedro II, e fora dela, e descobriu que a família é bastante tradicional.

Família no Piauí
A família Mourão é fundadora da rádio FM Imperial, uma das mais importantes do Norte do estado. A rádio foi inaugurada em 1991, pelo então deputado Gerson Mourão, no centenário de Domingos Mourão, que foi prefeito da cidade e vereador e hoje dá nome a um município. Relatos históricos dão conta que a família Mourão não se dava bem com a família Nogueira, do senador Ciro Nogueira.

Casarão da família Mourão
Casarão da família Mourão  

Conhecido como Solar da Estrela Marrom, na década de 30 o casarão da família Mourão foi bombardeado por ordem do governo federal da época.

Gerson Mourão Filho e a cantora Myriam Mourão Eduardo Pereira Conde Medeiros também são parentes distantes do general.

Gerson Mourão Filho e a cantora Myriam Eduardo
Gerson Mourão Filho e a cantora Myriam Eduardo  

Vontade de conhecer o estado
A advogada Eduarda Mourão Eduardo Pereira de Miranda, conselheira federal da Ordem dos Advogados do Brasil e presidente Comissão da Mulher Advogada é outra parente conhecida do General Mourão. Ela já foi vice-presidente da OAB-PI e falou ao 180 que o vice-presidente eleito tem vontade de conhecer o Piauí e a terra dos seu avô.

Eduarda Mourão Eduardo Pereira de Miranda
Eduarda Mourão Eduardo Pereira de Miranda  

“Ele pretende visitar o Piauí, conhecer a terra do seu avô, não teve oportunidade ainda, pois antes estava na carreira militar e agora no processo de transição”, disse.

Família comemora
A advogada também falou da alegria da família com a vitória da chapa de Bolsonaro. “Foi uma surpresa, sabíamos da sua trajetória, o conhecemos desde criança, seguiu a carreira do pai, procurou estudar, é uma pessoa proba e com qualificação. Foi uma grande vitória, é um representante legítimo, vai olhar por nossa terra, dar um apoio para o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou.

Polêmicas na campanha
Sobre as polêmicas ditas pelo general, a prima distante falou que é próprio de alguém que não é da política. “Ele não é político, por isso foi criticado por certas coisas que ele disse. O Bolsonaro tem mais de 20 anos no Congresso, é diferente. Mas isso não significa que ele seja despreparado, muito pelo contrário, assumiu funções internacionais, sempre desempenhando um ótimo papel, ele tem uma estrutura moral e pessoal”, completou Eduarda Miranda.

    Reprodução Instagram 

Votação em Pedro II
Familiares disseram que não fizeram intensa campanha para a chapa, mas que toda família votou em Bolsonaro para garantir a vitória do parente ilustre.

No primeiro turno em Pedro II, Bolsonaro ficou na terceira colocação com 16,10% dos votos, 3.445 no total, atrás de Haddad (PT) com 62,17%, 13.299 do votos, e Ciro Gomes com 17,87%, com 3.822 dos votos.

Já no segundo turno, Haddad teve 78,4%, 17.051 votos, e Bolsonaro 21,6%, 4.697 votos.

Trajetória do General Mourão
Ingressou no Exército em fevereiro de 1972, na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) onde, em 12 de dezembro de 1975, foi declarado aspirante-a-oficial da Arma de Artilharia. Em seguida obteve cursos de formação, de aperfeiçoamento, de altos estudos militares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e do Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, além dos cursos básico paraquedista, mestre de salto e salto livre, também possui o curso de guerra na selva.

Durante sua vida militar, foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras, cumpriu Missão de Paz em Angola – UNAVEM III e foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela. Comandou o 27.° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí (Rio Grande do Sul), a 2.ª Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (Amazonas), a 6.ª Divisão de Exército e o Comando Militar do Sul, estes últimos sediados em Porto Alegre.

Em 9 de dezembro de 2017, o general foi destituído de seu cargo como secretário de Economia e Finanças pelo Alto Comando do Exército. Na época, a sua destituição foi associada ao teor de suas declarações durante palestras que ministrava em Clubes do Exército ao redor do país, no entanto a assessoria do Exército Brasileiro não informou o real motivo para a destituição do general.
Deixou o serviço ativo em 28 de fevereiro de 2018, sendo transferido para a reserva remunerada. Filiou-se ao PRTB e ingressou na política, sendo candidato eleito à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro, vencendo a eleição.

Hoje ele é um forte aliado de Bolsonaro, servindo como um verdadeiro ‘fiscal’ do período de transição, com visita à Petrobras, conhecendo empresa de mídia, teve reuniões com o mercado financeiro e investidores de transportes.

Fonte: 180graus

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