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Alvo de ação milionária, Ronaldo Fenômeno tem só R$ 18 mil na conta

O ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário, mais conhecido como Ronaldo Fenômeno, cujo patrimônio é estimado em R$ 1 bilhão, surpreendeu ao ter apenas R$ 18 mil em suas contas bancárias, conforme revelado em uma ação judicial movida pela Justiça de São Paulo. A tentativa de bloquear R$ 1 milhão em ativos financeiros do ex-craque da Seleção Brasileira resultou nessa descoberta.

O bloqueio das contas de Ronaldo ocorreu em março deste ano, em uma ação de cobrança movida por um fundo de investimentos contra a empresa LIV Drinks, que atua no ramo de bebidas saudáveis. Ronaldo detém 25% da empresa e é acusado de tentar blindar seu patrimônio para evitar o pagamento de uma dívida da empresa, que chega a R$ 640 mil após atualizações desde o início do processo em 2018.

Buda Mendes/Getty Images

O processo enfrentado por Ronaldo na Justiça resultou em derrotas significativas, incluindo acusações de tentativa de blindagem patrimonial. Apesar de ter sido amplamente divulgado que Ronaldo seria sócio da LIV Drinks, a empresa é uma sociedade anônima, e apenas os nomes de seus diretores são de conhecimento público.

O fundo de investimentos que moveu a ação conseguiu uma decisão favorável no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para que Ronaldo também fosse responsabilizado pela dívida. O desembargador Heraldo de Oliveira, relator do processo, declarou que havia evidências de “confusão patrimonial e desvio de finalidade” por parte das empresas, que buscavam “frustrar o pagamento das obrigações assumidas pelos devedores”. Como resultado, as contas de Ronaldo e de outros sócios foram bloqueadas.

O bloqueio de contas revelou um valor ínfimo de R$ 18.497,66 em nome de Ronaldo, que também abrangeu suas quatro empresas pessoais, incluindo as do grupo R9, utilizado para agenciar atletas e prestar consultoria a clubes. Nenhuma quantia foi encontrada nas contas das empresas.

O fundo de investimento acusou Ronaldo e seus sócios de “blindagem patrimonial”, levantando questões sobre a razão pela qual indivíduos de alto poder aquisitivo não possuíam saldos significativos em suas contas. As alegações incluíram a insinuação de indícios de crimes comuns, fiscais e evasão de divisas.

A defesa de Ronaldo alegou que a condenação para pagamento da dívida ainda não é definitiva, pois não transitou em julgado, e, portanto, o processo deve ser mantido em sigilo, devido à condição de “figura pública” do ex-jogador.

Nos últimos anos, Ronaldo adquiriu o clube de futebol Cruzeiro, onde iniciou sua carreira profissional em 1993, em uma negociação que envolveu estimativas de repasses de até R$ 682 milhões em 18 anos para pagamento de dívidas do clube. O Cruzeiro entrou em recuperação judicial neste ano, com uma dívida de R$ 90 milhões a ser quitada até 2025.

Fonte: Metrópoles

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