Educação antirracista em foco: Pio IX promove ciclo formativo e oficina afro-indígena em defesa da diversidade nas escolas
Na última terça-feira (20), o município de Pio IX (PI) deu um importante passo em direção a uma educação mais inclusiva, com a realização do I Ciclo Formativo ERER (Educação para as Relações Étnico-Raciais) e da Oficina Afro-Indígena, eventos que mobilizaram educadores, estudantes e especialistas em torno da construção de práticas pedagógicas antirracistas.
A ação integra as estratégias de implementação da Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas, e reafirma o compromisso da rede municipal de ensino com a transformação social por meio da educação.

Sob o tema “Educação, Identidade e Transformação!”, a programação promoveu um espaço de reflexão profunda sobre currículo, identidade, ancestralidade e justiça social. Palestras, oficinas e rodas de conversa abordaram o papel da escola na valorização das relações étnico-raciais desde a infância, destacando a importância de uma educação que represente a pluralidade do povo brasileiro.
Um dos momentos mais marcantes do evento foi a apresentação do professor Grasiane Sá, que encantou o público com um teatro de bonecos, utilizando mamulengos como ferramenta pedagógica para trabalhar a inclusão e as questões étnico-raciais de forma lúdica e acessível. A oficina resultou na criação de bonecos confeccionados pelos participantes, que agora farão parte do material didático da rede municipal, ampliando as possibilidades de abordagem em sala de aula.

Mais do que apresentações artísticas, o evento foi marcado pela escuta ativa e pela construção coletiva de diretrizes que irão orientar a continuidade das ações antirracistas no cotidiano escolar. Os educadores saíram munidos de novos instrumentos pedagógicos — e, sobretudo, com o compromisso fortalecido de fazer da escola um espaço de acolhimento, respeito à diversidade e enfrentamento ao racismo.
Ao promover ações como essa, Pio IX demonstra que transformar a sociedade começa pela sala de aula, com políticas públicas eficazes, formação contínua dos profissionais da educação e valorização de narrativas historicamente silenciadas.
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