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Após esposa do cantor Zé Armando atropelar e matar jovem, familiares cobram justiça em manifestação

Aconteceu na manhã deste sábado, 26 de fevereiro, um manifesto, em forma de caminhada, organizado pelos familiares e amigos do jovem Arthur Carvalho, vítima fatal de um acidente de trânsito ocorrido há um mês, na PI-375, estrada que liga Picos a Santana do Piauí, próximo a um motel da cidade.

Foto: Arquivo Pessoal

A caminhada ocorreu pelas principais ruas de Picos e encerrou em frente à Delegacia de Polícia Civil, onde os pais da vítima tiveram a oportunidade de conversar com a delegada plantonista, que indicou um novo retorno após o carnaval para uma conversa com a delegada do 2º Distrito Policial e responsável pelo caso, Ana Patrícia Rufino.

A responsável pelo acidente não teve seu nome divulgado, mas muitas fotografias e filmagens identificaram-na como a esposa do cantor picoense Zé Armando. Segundo informações extraoficiais da época, ela estaria flagrando o marido no motel com outra mulher, quando atropelou o jovem Arthur, que retornava para seu local de trabalho após o horário de almoço.

Franciseuda de Carvalho, tia da vítima, ressaltou que a morte do jovem deixou um vazio na família e entre os amigos de Arhur e que é preciso justiça pela morte injusta do sobrinho.

“É um clamor por justiça. Hoje faz 30 dias que perdemos meu sobrinho. Ela atropelou ele e não prestou nenhum socorro. É como se tivesse batido em um animal. E a gente que sofre. Faz 30 dias que só sobrevivemos, pois falta um pedaço da gente. Então clamamos por justiça para que esse não seja apenas mais um caso, que fique impune”, disse ela.

A tia da vítima destacou ainda o fato da autora do acidente não ter prestado socorro, o que poderia ser um diferencial e ter ajudado que o jovem hoje estivesse em seu seio familiar.

“Qualquer pessoa está sujeita a um acidente, mas ela poderia ter parado, visto como ele estava e prestado socorro. Mas ela não deu a ele essa chance de ser socorrido. A gente não sabe a gravidade dos ferimentos em que ele estava, mas pelo menos teríamos o consolo dele ser socorrido. Esse acidente destruiu toda a família. Nem os avós dele tiveram condição de vir por terem passado mal. Com isso se tira o tamanho da dor em que ficamos. Então só queremos que a justiça seja feita”, declarou.

Os pais da vítima foram convidados a conversar com a delegada plantonista. A mãe de Arthur, a senhora Francidalva Carvalho, disse que foi informada da possibilidade do inquérito já estar prestes a ir para a mão do juiz responsável. Ela ainda relatou a dor que tem sentido pela forma como lhe tiraram o filho.

“A delegada pediu que eu retornasse e na quinta volto. Pelo que a delegada me disse, é possível que o inquérito já esteja encerrado, pois as pessoas já foram ouvidas. Neste momento, o que posso sentir é muita dor, muita revolta, porque o que ela fez com meu filho, ninguém faria nem com um bicho, imagine com um ser humano, a forma que ela fez com meu filho”, falou.

Dona Francidalva relatou ainda que não houve nenhuma conversa com a autora do crime de trânsito e nem com sua família.

“Tenho recebido muito apoio por parte das pessoas, já da parte da causadora dessa tragédia, nunca recebemos nada. O marido dela ainda me enviou uma mensagem no dia do sepultamento de meu filho desejando pêsames e que estava à disposição se a gente quisesse conversar, mas nunca houve nenhuma conversa”, disse.

De três irmãos, o mais velho. Arthur foi descrito por seus familiares como um menino brincalhão, amoroso, cheio de vida, respeitador e que não fazia mal a ninguém.

Fonte: Cidades em Foco

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