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Afinal, o que é o hidrogênio verde tão falado por Rafael Fonteles? Especialistas explicam

Segundo especialistas, já são dadas como certas as boas condições do Brasil para a produção dessa fonte energética que, cada vez mais, desperta o interesse de outros países

O hidrogênio verde, considerado “o combustível do futuro”, vem sendo muito falado ultimamente no Piauí por ser uma das grandes apostas do governo do estado, comandado por Rafael Fonteles, como forma de novos investimentos, sobretudo do exterior.

Tendo como principal característica um processo produtivo não danoso ao meio ambiente, o interesse pelo combustível aumentou por causa do risco de segurança energética pelo qual passa o continente europeu no atual cenário de guerra, uma vez que boa parte de seus países depende do gás exportado pela Rússia.

Afinal, o que é o hidrogênio verde tão falado por Rafael Fonteles? Especialistas explicam (Foto: Reprodução)

No Brasil ainda não dá para estimar o quanto esta commodity poderá agregar à economia. Segundo especialistas, já são dadas como certas as boas condições do Brasil para a produção dessa fonte energética que, cada vez mais, desperta o interesse de outros países.

“Países com menor disponibilidade de energia renovável visam importar hidrogênio renovável e de baixo carbono de países produtores, para descarbonizar suas matrizes. Novas iniciativas para estruturar esses negócios são frequentemente discutidas”, relata Gabriel Lassery, superintendente executivo da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2).

Para ter o selo “verde”, é fundamental que o hidrogênio seja produzido e transportado sem o uso de combustíveis fósseis ou de outros processos prejudiciais ao meio ambiente. Sua produção requer o uso de muita energia, em especial para retirar, por hidrólise, o hidrogênio que é encontrado na água.

De acordo com Gabriel Lassery, o hidrogênio verde (ou renovável) pode também ser obtido por hidroeletricidade e biomassa de rejeito.

“Dada a potência agrícola que é o país, há muita disponibilidade de biomassa de rejeito para produção de hidrogênio. O Brasil também tem locais onde é possível encontrar hidrogênio natural esperando para ser extraído”, afirma.

EMPRESA JÁ ASSINOU COM O PIAUÍ

Em outubro de 2023, a empresa europeia Green Energy Park (GEP) assinou com o Governo do Piauí uma carta de intenções que poderá resultar no maior projeto de hidrogênio verde (H2V) do mundo. O documento prevê a realização de estudos para a construção de um parque de hidrogênio verde em Parnaíba, no litoral do Piauí, com investimento de 10 bilhões de euros (R$ 50 bilhões) e produção inicial de 5 GW de amônia verde por ano.

Com a planta industrial em Parnaíba, a Green Energy Park Piauí aproveitará a estrutura do Porto de Luís Correia para exportar o hidrogênio, na forma de amônia, via Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Piauí, para abastecer indústrias da Europa.

Fonte: OitoMeia

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