É de assustar: de cada dez cigarros consumidos no Piauí, sete são ilegais! Isso mesmo: falsificados, sem registro, sem controle nenhum. A informação veio de um estudo do Ipec, feito a pedido do Fórum Nacional Contra a Pirataria.
Em 2024, esse mercado paralelo movimentou R$ 135 milhões no estado — e tudo isso fora do radar da lei. Enquanto isso, o governo deixou de arrecadar R$ 47 milhões em impostos (ICMS) só com esse contrabando.
Sabe por quê? Porque os cigarros legais têm mais de 70% de imposto, já os ilegais não pagam nada. Aí o preço despenca e o consumidor, muitas vezes sem saber, acaba optando pelo produto mais barato — e perigoso.
E não é só questão de grana. Esses cigarros clandestinos não seguem nenhuma norma da Anvisa. Têm mais nicotina, mais alcatrão e até agrotóxicos proibidos. Ou seja: além de ilegais, são uma bomba de veneno.
Foram mais de 540 milhões de cigarros ilegais circulando no estado, segundo a pesquisa. Isso não é mais coisa de pequeno contrabandista: há fábricas clandestinas copiando marcas do Paraguai e até rotas internacionais que passam por Bolívia, Chile, Canal do Panamá e entram no Brasil pelo Suriname.
Ou seja, o Piauí virou rota do cigarro pirata. E o prejuízo não é só para o governo — é para a saúde de todo mundo.
Fonte: Conecta Piauí
