Drauzio Varella: O que faz mesmo diferença na saúde é a atividade física

Em novembro de 2022, conversei com Drauzio Varella, no Theatro Municipal de São Paulo, no ciclo de encontros promovido pelo Prêmio Jabuti, do qual fiz parte do conselho de curadoria. Muita gente pediu para trazer para o podcast essa conversa sobre diversos aspectos da vida profissional, pessoal e literária do famoso médico e escritor.

O autor acabara de publicar “O Exercício da Incerteza” (Companhia das Letras), livro de memórias que já resenhei na coluna – aqui o texto. Formado em medicina pela USP, Drauzio trabalhou por 20 anos no Hospital do Câncer. Foi voluntário na Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, na Penitenciária Feminina da Capital e hoje atende no Centro de Detenção Provisória, no Belém.

É figura frequente em meios de comunicação com trabalhos para informar a população sobre questões de saúde. Drauzio ainda dirige um projeto de bioprospecção de plantas no rio Negro, na Amazônia. A ideia é obter substâncias que possam ajudar no tratamento de tumores malignos e de bactérias resistentes a antibióticos.

São de Drauzio obras como “Prisioneiras”, “Carcereiros”, “Nas Ruas do Brás”, “Correr” e “Estação Carandiru”, que lhe valeu o Jabuti de livro do ano de não ficção em 2000.

Maratonista, Drauzio também falou sobre a relação com as provas de 42 km. “A maratona me mantém disciplinadamente correndo. O que faz diferença na saúde mesmo, diferença grande, é a atividade física. As pessoas que envelhecem bem não são pessoas sedentárias. A vida sedentária faz muito mal. Se olhar toda evolução da nossa espécie, o movimento é essencial. Toda evolução criou um design para o corpo humano que é para o movimento. Máquina construída para o movimento, quando fica parada, estraga”.

A Câmara Brasileira do Livro, organizadora do Jabuti, permitiu, o Theatro Municipal, que captou o papo, gentilmente cedeu o áudio e o Drauzio topou que eu transformasse aquele encontro no episódio desta semana do podcast.

Fonte: Rodrigo Casarin/UOL