Notícias do trecho: com conclusão da Refinaria de Abreu e Lima, Lula pode criar 12 mil novos empregos em Suape
O diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão, disse ao Blog de Jamildo que o acordo extrajudicial para concluir em definitivo a dragagem do canal de aproximação de Suape tira em definitivo da Petrobras a desculpa de não concluir o segundo trem de produção da refinaria Abreu e Lima.
“São 12 mil novos empregos em Suape só com a construção do segundo trem (de produção)”, afirma.
“O problema é que, neste governo (Bolsonaro), o acesso à Petrobras era nenhum. Conosco, o diálogo foi zero”, observa.
“(Neste ano de eleições…) Anderson Ferreira foi recebido pela diretoria da Petrobras e disse que iria começar a obra, mas até hoje nada”, observa o diretor de Suape.
Roberto Gusmão rememora que, de fato, a promessa de um calado de 20 metros havia sido feita para a Petrobras há uma década e que a estatal chegou a colaborar antecipando tarifas portuárias, conforme o blog de Jamildo revelou na época.
“No caso da refinaria Abreu e Lima, o conselho de administração aprovou a conclusão da duplicação. Nós (Brasil) somos importadores de óleo diesel. Não tem como fazer diferente, vão ter que ir buscar ter mais 115 mil barris por dia de produção (com a duplicação original planejada)”, afirma.
“Assim, deixamos um imbróglio a menos (para Raquel Lyra, sucessora de Paulo Câmara). Já assinamos o acordo e vai acontecer a obra, em até cinco meses”, afirma.
E o que fica para Raqual Lyra tocar?
“O novo governo terá que fazer a dragagem do canal interno, que é muito mais simples. São cerca de R$ 145 milhões, não tem pedras, é algo bastante simples de realizar a dragagem”, explica.
Retomada das obras do canal de aproximação beneficia projetos estruturadores
“Não vai mais ter esta desculpa de não fazer a refinaria (por não ter calado para grande navios). Suape poderá garantir um projeto de um bilhão de dólares, que vai quase que dobrar a movimentação de Suape”, afirma Gusmão.
Além da histórica refinaria, o aprofundamento do calado beneficia ainda outros dois projetos em curso. Um deles é o terminal de minérios da Bemisa, que vai viabilizar a nova ferrovia para Suape.
O outro é o novo terminal de contêineres da Maersk, em Suape, que vai ser instalado em uma área do estaleiro e vai movimentar grande navios, que exigem uma profundidade maior dos que os atuais 15,8 metros.
Não se sabia, mas a resolução do problema foi um dos compromissos assumidos para a atração do empreendimento.
“Além da refinaria, o aprofundamento do canal beneficia a Bemisa e o seu projeto da Ferrovia Sertaneja, alternativa que o governo de Pernambuco conseguiu captar com alternativa à Transnordestina, cuja empresa concessionária TLSA, colocou que não tinha interesse de fazer o ramal para Pernambuco. Essa ferrovia liga a Mina no Piauí em Curral Novo a Suape com extensão de 716 km”.
Não por outro motivo, foram convidados para o evento no palácio a empresa de minérios de Minas Gerais, o pessoal da Maersk, a empresa de dragagem e a representação do governo dos países baixos.
Imagina-se que a Petrobras não esteja presente porque estado e união são inimigos, com Bolsonaro e Paulo Câmara. Com a chegada de Raquel Lyra e Lula, a sitação tende a mudar.
“A operação da Bemisa é interessante. As duas candidatas passaram a eleição falando da Transnordestina, mas a realidade é que nos já resolvemos. A empresa já tem um terminal de minério em Suape e eles tem a mina (no Piauí), enquanto a Transnordestina não tem cargas ainda”, afirma.
Fonte: Blog de Jamildo NE10