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Mais de 60 pessoas morreram no Piauí em um ano por falta de saneamento básico

E a meta agora é levar essa parceria para todo Estado, onde a Agespisa, órgão estatal que cuida

Em uma época de avanços notáveis na ciência, muitos piauiense ainda perdem a vida, todos os anos, por falta de saneamento básico onde moram. A informação é de um novo levantamento do Instituto Trata Brasil que calculou 62 óbitos de pessoas no Estado por contraírem doenças de veiculação hídrica. Isso sem falar que outras 7.126 pessoas foram internadas. Todos os dados foram coletados junto ao DATA SUS e tem como base o ano de 2022.

São mais de 30 tipos diferentes de doenças relacionadas à falta de saneamento. As enfermidades estão ligadas a condições precárias de acesso à água, tratamento de esgoto e manejo de resíduos sólidos. Os números do Trata Brasil mostram que quase um milhão de pessoas ainda não tem acesso a água no Piauí, o que representa um quarto (27%) de toda a população. Já em relação a coleta de esgoto somente dois em cada dez habitantes têm no Piauí.

Mais de 60 pessoas morreram no Piauí em um ano por falta de saneamento básico
Mais de 60 pessoas morreram no Piauí em um ano por falta de saneamento básico – Foto: Agencia Brasil

Dengue, chikungunya, zika, difteria, leptospirose, febre tifoide, hepatites e leishmaniose são algumas das doenças que podem ser proliferadas e transmitidas com mais facilidade em ambientes insalubres. Os sintomas das doenças são diversos, pois cada uma é causada por um patógeno diferente. São fungos, bactérias e vírus transmitidos de inúmeras maneiras, por vezes envolvendo outros animais ou mosquitos como vetores.

A situação é pior no interior do Estado. Na capital, Teresina, nos últimos cinco anos, desde que o setor foi passado para uma PPP (Parceria público Privada), os investimentos aumentaram e o percentual de pessoas com saneamento básico, por exemplo, saltou de menos de 15% para quase 50%. E a meta agora é levar essa parceria para todo Estado, onde a Agespisa, órgão estatal que cuida de água e esgoto, ainda controla.

No final de outubro, o grupo Aegea Saneamento foi o vencedor do leilão para concessão dos serviços de água e esgoto em todos os 224 municípios do Piauí. A abertura da proposta, que foi única, foi realizada na Bolsa de Valores brasileira, a B3, em São Paulo. O governador Rafael Fonteles e o secretário de Administração, Samuel Nascimento, participaram do momento.

Com a concessão, a Aegea vai investir R$ 8,6 bilhões para garantir a universalização do acesso à água e saneamento básico nas zonas rural e urbana de todos os municípios do Piauí, exceto as zonas urbanas de Teresina, Landri Sales e Antônio Almeida, que já possuem sistemas próprios. O contrato tem duração de 35 anos e a empresa assume o sistema dentro de seis meses.

Agora, a Aegea tem 30 dias para assinar o contrato com o Governo do Estado, mesmo prazo para o pagamento da primeira parcela da outorga, de R$ 250 milhões. Em seguida, inicia a transição, para quem em seis meses a empresa assuma completamente o sistema. No final da transição, a concessionária paga a segunda parcela, também de R$ 250 milhões. As demais parcelas serão pagas durante os próximos anos, até chegar ao valor total de R$ 1 bilhão.

Mais de 60 pessoas morreram no Piauí em um ano por falta de saneamento básico
Mais de 60 pessoas morreram no Piauí em um ano por falta de saneamento básico – Foto: Reprodução
Fonte: Conecta Piauí

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