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No Piauí, criança de 2 anos que presenciou morte da mãe vai prestar depoimento sobre o crime

Laysse Carvalho foi encontrada morta dentro de casa em Nazária — Foto: Reprodução/Facebook

A criança de dois anos que presenciou a morte da mãe Laysse da Silva Carvalho, em Nazária, a 30 km de Teresina, vai prestar depoimento sobre o crime. De acordo com a Polícia Civil, ela é a única testemunha que pode identificar o autor do homicídio. O suspeito do crime, preso horas depois, prestou esclarecimentos à delegada do caso nessa terça-feira (24).

“O menino será ouvida em breve por um psicólogo e o depoimento será incluído no inquérito policial. Ele foi encontrado dentro de casa, abraçado com o corpo da mãe no dia do crime. Segundo a família, ele diz que viu a mãe brigando com um homem de faca”, informou a delegada do caso, Luana Alves.

O crime aconteceu na sexta-feira (20), dentro da casa da vítima. Laysse da Silva Carvalho foi encontrada despida e com um corte profundo no pescoço em cima da cama, e o quarto revirado.

O suspeito Thalisson Francisco Araújo foi preso horas depois com o celular da vítima e autuado por receptação, mas liberado no dia seguinte durante audiência de custódia.

Nessa terça-feira (24), a Polícia Civil ouviu o suspeito de matar a jovem. De acordo com a delegada, o homem negou o crime e diz que comprou o celular da vítima de outra pessoa.

Suspeita de latrocínio

Luana Alves, delegada do Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio — Foto: Lucas Pessoa/G1 PI
Luana Alves, delegada do Núcleo Policial Investigativo de Feminicídio — Foto: Lucas Pessoa/G1 PI

Ao G1, a delegada Luana Alves explicou que devido a comoção do caso, o crime passou a ser investigado pelo Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo ela, ainda não existem evidências que indiquem o crime de gênero.

“O suspeito e a vítima não tinham envolvimento amoroso ou qualquer outra relação de proximidade. O laudo do IML também não constatou violência sexual. A suspeita é mesmo de latrocínio, roubo seguido de morte. O Thalisson nega o crime e diz que comprou o celular da vítima por R$ 350, mas não sabe informar de quem”, disse.

Conforme Luana Alves, o suspeito deu várias versões contraditórias durante o depoimento. Ele também apresenta marcas de arranhões nos braços e nas costas, que denotam luta corporal.

“Ao ser questionado das marcas no corpo, ele diz ter se machucado na parede e outra hora conta de uma luta corporal, mas não sabe informar com quem. Ele deve continuar em liberdade, mas monitorado por tornozeleira eletrônica, até a conclusão do inquérito. Já ouvimos algumas testemunhas e as diligências continuam”, comentou.

Polícia descarta ex-companheiro

Inicialmente, a polícia chegou a suspeitar que o autor do crime fosse o ex-companheiro da vítima, pai da criança de dois anos. No entanto, ele prestou depoimento na Delegacia de Nazária e foi liberado em seguida.

Ele chegou a ser novamente ouvido nessa terça-feira (24), desta vez pela delegada Luana Alves. De acordo com ela, o ex de Laysse não tem envolvimento com o crime.

Fonte: G1 Piauí

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