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Operação apreende celular e boletos bancários de suspeito de envolvimento na morte de empresário no Piauí

A Polícia Civil apreendeu celular e documentos de movimentação bancária de um dos suspeitos de envolvimento na morte do empresário Janes Castro, em Parnaíba, Litoral do Piauí, durante a Operação ‘The Mercenaries’ , deflagrada nesta quarta-feira (14). O crime ocorreu em setembro de 2020.

Durante a operação foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Parnaíba, em residências e sítios de Teresina, nas cidades de Caxias e Codó, no Maranhão, e em uma empresa em Guarulhos, São Paulo.

Em Parnaíba, a operação teve o objetivo de colher provas contra o mandante do assassinato. O crime completará dois anos no próximo domingo (18).

Ouvidor da Polícia Civil, Willame Pinheiro. — Foto: Reprodução/TV Clube.
Ouvidor da Polícia Civil, Willame Pinheiro. — Foto: Reprodução/TV Clube.

Segundo o ouvidor da Polícia Civil, Willame Pinheiro, o material recolhido no Piauí pertence a um empresário da cidade, que não está ligado diretamente ao crime do assassinato do empresário, mas aos suspeitos que continuam foragidos.

Ele conta, ainda, que o alvo de Parnaíba seria só para a coleta de dados. “São coletas de aparelhos eletrônicos e contratos bancários. Conseguimos encontrar a pessoa, que forneceu de pronto o aparelho celular, que será periciado. A investigação continua para que cheguemos ao final dela”, disse o delegado.

Pistolagem

Câmeras de segurança de uma residência próximo ao crime registraram a fuga dos suspeitos — Foto: Divulgação/Polícia Militar
Câmeras de segurança de uma residência próximo ao crime registraram a fuga dos suspeitos — Foto: Divulgação/Polícia Militar

O empresário foi morto a tiros, dentro de um carro, no dia 18 de setembro de 2020, em Parnaíba. No dia do crime, a Polícia Militar informou que dois homens em uma moto perseguiram e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra a vítima, que morreu no local.

Pelo menos seis cartuchos de munição calibre 380 foram encontrados no chão, no local do crime. Quase um ano depois, no dia 6 de setembro de 2021, Evando Tenório Brito, apontado como líder do grupo criminoso responsável pela morte de Janes Castro foi preso em Alagoinha, no Pernambuco.

Em abril de 2021, pelo menos seis dos acusados foram presos pela Polícia Civil durante a Operação Sicário. A investigação do caso foi concluída em junho de 2021 e apontou Mário Roberto Bezerra como mandante do crime.

Segundo a Polícia Civil, o mandante do crime, Mário Roberto Bezerra, contratou José Robervan Araújo, que foi o responsável por arquitetar a execução do empresário. Ele teria pago R$ 200 mil pelo assassinato do empresário. O delegado João Rodrigo Luna afirmou, na época, que a morte de Janes Castro foi encomendada porque ele teria dívidas com os envolvidos no crime.

Conforme a investigação, Robervan monitorou a vítima por cerca de uma semana e contratou os dois homens que executaram o crime: Edson Carlos Veríssimo, suspeito de ser o atirador, e José Hiago Ferreira da Silva, que teria pilotado a motocicleta.

O empresário foi perseguido pelos dois homens e, depois, foi ferido com diversos disparos de arma de fogo, morrendo no local. A vítima chegou a perder o controle do carro e colidir contra o muro de uma casa.

Justiça põe em liberdade quatro réus

Em fevereiro deste ano, quatro réus do processo que analisa o assassinato do empresário Janes Cavalcante Castro foram postos em liberdade durante audiência de instrução e julgamento. Outros cinco suspeitos de envolvimento no crime tiveram pedidos de liberdade negados e de transferência pela Justiça.

Os réus Ivone dos Santos, Elida Raysa Machado, Arnoud de Paiva e Wandyson Antunes foram liberados pela Justiça. O juiz Georges Cobiniano, da 1ª Vara Criminal de Parnaíba, entendeu que Arnoud e Wandyson, que teriam emprestado veículos que foram usados no crime por proximidade familiar com outros suspeitos, não tiveram a intenção de participar da execução do empresário.

Élida foi liberada porque, segundo o juiz, relatou ter sido ameaçada dentro da penitenciária, e porque não teve uma participação relevante no crime. Já Ivone dos Santos foi liberada por ser mãe de uma criança de 12 anos.

Fonte: g1 Piauí

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