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Piauí identifica carrapato transmissor da febre maculosa e investiga dois casos

FOTO: REPRODUÇÃO

A Fundação Municipal da Saúde (FMS) informou, nessa segunda-feira (09), que está monitorando dois casos suspeitos de febre maculosa em Teresina. Nos últimos dias, o órgão de saúde identificou carrapatos-estrela, transmissores da doença, em bairros da capital. Embora não tenham sido identificados carrapatos contaminados com a bactéria Rickettsia rickettsii (causadora da doença), os que foram encontrados acendem um alerta sobre a febre maculosa.

A febre maculosa é uma infecção grave. Essa enfermidade possui um risco de vida significativo e pode levar à morte até 60% dos indivíduos afetados. Além de causar febre, a doença também se caracteriza pela presença de manchas na pele e, por isso, leva o nome de “maculosa”.

De acordo com a FMS, desde o início do ano foram notificados 18 casos humanos suspeitos de febre maculosa em residentes em Teresina. Desses, 16 foram descartados e dois permanecem sob investigação. Por conta disso, o Núcleo de Controle de Roedores e Vetores (NCRV) da Gerência de Zoonoses (GEZOON) promoveu estudo de campo a fim detectar a presença do carrapato transmissor e da bactéria.

Para o estudo, carrapatos-estrela foram coletados no bairro São Joaquim e na avenida Raul Lopes e encaminhados para a Fundação Oswaldo Cruz para testagem. O material genético da bactéria causadora da doença não foi detectado nos carrapatos nem nos animais hospedeiros, mas amostras de sangue de três cavalos do bairro Pedra Mole mostraram indicadores laboratoriais de contato prévio com a bactéria Rickettsia rickettsii, segundo informações do Cievs.

No Brasil, o carrapato-estrela é o principal vetor dessa doença. Eles são comumente encontrados em áreas rurais, como matas, pastos e regiões de vegetação mais densa. No entanto, a infecção por carrapato também pode acontecer na zona urbana das cidades.

Prevenção à doença

A FMS orienta que a população tome medidas de prevenção em relação à doença. Veja quais são:

  • Ao adentrar áreas de mata, vista roupas compridas e claras, botas e proteja-se com fitas adesivas nas extremidades. Verifique a presença de carrapatos a cada duas horas, removendo-os com cuidado para evitar infecções. Utilize repelentes com alto teor de DEET, eficazes contra mosquitos e carrapatos.
  • Ao viajar com seu cão para áreas rurais, previna a febre maculosa. Observe possíveis carrapatos e mantenha a higiene do animal. Cães podem ser portadores assintomáticos da doença.
  • Moradores de regiões rurais devem manter seus animais domésticos em locais limpos, realizando banhos semanais e buscando auxílio veterinário para o controle de carrapatos, especialmente em equídeos. Apare o gramado anualmente para evitar a proliferação dos carrapatos.
  • A transmissão da febre maculosa ocorre após quatro horas de fixação do carrapato infectado na pele. Carrapatos jovens e pequenos são mais perigosos e difíceis de detectar. Não há transmissão direta da doença de pessoa para pessoa. Adote medidas preventivas para garantir a segurança contra a febre maculosa.

Fonte: O DIA

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