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Urna funerária indígena é encontrada no interior do Piauí

O artefato é de origem Tupi, mas não é possível especificar a idade, apenas que é pré-colonial, como explicou o professor Ângelo Corrêa, doutor em arqueologia da Universidade Federal do Piauí

Pedreiros encontram urna funerária indígena durante obra no interior de Piauí. O objeto será estudado por pesquisadores da UFPI - (crédito: Arquivo cedido ao Correio)
Pedreiros encontram urna funerária indígena durante obra no interior de Piauí. O objeto será estudado por pesquisadores da UFPI – (crédito: Arquivo cedido ao Correio)

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) estudarão uma urna funerária indígena encontrada na segunda-feira (6/11) na zona rural de Miguel Alves, no Piauí. O artefato é de origem Tupi, mas não é possível especificar a sua idade, apenas que é pré-colonial, como explicou o professor Ângelo Corrêa, doutor em

O artefato foi encontrado por pedreiros durante uma obra em residência no município. Por meio das imagens, é possível perceber que havia uma pintura no interior da urna e que guardava ossos e pedaços de ferramentas.

Na terça-feira (7/11), estiveram no local representantes da Academia de História dos Municípios Oriundos de Campo Maior (AHMOCAMPI) e pesquisadores da universidade. “Em Teresina, há outros cinco sítios Tupi, mas é a primeira vez que são encontradas peças inteiras na região”, frisou o pesquisador.

“Para a região, a ocupação Tupi era um fator inédito. Até 2017, nenhum vestígio dessa população tinha sido encontrado. Na verdade, parece que são povos Tupi da Amazônia que vieram para essa região”, afirmou Corrêa. Ele ainda acrescenta que “as peças inteiras de Miguel Alves serão importantes para reforçar essa origem amazônica”.

Segundo o pesquisador, o terreno onde foi encontrada a urna tornou-se um sítio arqueológico, que será registrado. Ele ainda ressalta a possibilidade de que outros vestígios semelhantes sejam encontrados com escavações futuras.

O pesquisador ainda conta que a ideia é  firmar uma parceria entre prefeitura e UFPI para que o artefato seja estudado sem que ele saia de Miguel Alves. ” Isso garantiria a troca de conhecimento entre universidade e a comunidade local”. Ele também conta que a descoberta pode corroborar com a criação de um museu no município que há um tempo tenta ser implementado, uma vez que  terão de ter lugar adequado e seguro para guardar o material.”

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca

Fonte: Correio Braziliense

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