Quem é Renato Cariani, o influencer alvo da PF por tráfico de drogas
As investigações revelaram que o esquema envolvia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para comercializar produtos químicos em São Paulo.
Na manhã desta terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o tráfico de drogas e desvio de um produto químico utilizado para produzir crack. O principal alvo trata-se do Renato Cariani, de 47 anos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Anidrol, indústria química na Grande São Paulo que tem o influenciador como sócio.
Renato Cariani é famoso por influenciar no mundo fitness. Ele, que se define como professor de química e de educação física, atleta profissional, empresário, soma mais de 7,3 milhões de seguidores no Instagram e outros 6,3 milhões de seguidores no YouTube.
As funções do profissional vão além de ser apenas um instrutor de condicionamento físico, ele é uma espécie de coach. Em seu site oficial, Renato afirma que a “Nação Renato Cariani é o lugar onde você encontra tudo o que precisa para sua transformação pessoal. Aqui, você terá acesso a conteúdos online que acelerará a sua evolução”.
Artistas como Danilo Gentili e MC Daniel já receberam consultorias de Renato Cariani. Na descrição de seu curso, Renato tem aulas de musculação, cozinha fácil, nutrição, mente sob controle, como criar um canal de YouTube, investimento do zero e inglês. Os valores variam de R$ 358,80 por ano a R$ 598,80 por ano.
Renato Cariani sempre contou nas redes sociais que o fato de ter sido vítima de bullying na infância foi sua motivação para entrar no mundo fitness. Assim, ele se tornou fisiculturista em 2020 e passou a ganhar competições pelo mundo.
Segundo o delegado Vitor Vivaldi, Cariani é suspeito de envolvimento em um esquema que teria desviado 12 toneladas de produtos químicos e 15 toneladas de cocaína e crack prontos para consumo. No entanto, ele nega irregularidades em seus negócios. O Ministério Público pediu a prisão, mas a Justiça não autorizou.
Entre as drogas encontradas pela Operação Hinsberg, que leva o nome de um químico alemão do século 19, estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. O esquema todo teria movimentado ao menos R$ 6 milhões.
Fonte: Meio Norte
