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Surto de Mão-Pé-Boca: conheça os sinais e sintomas desta síndrome muito comum em crianças

Nos primeiros meses de 2023, foram notificados 20 surtos da doença.

Nesta semana, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à Secretaria da Saúde (SES), emitiu uma nota informativa com esclarecimentos sobre o aumento das notificações de surtos de Síndrome Mão-Pé-Boca em escolas de Educação Infantil. Essa doença é uma infecção contagiosa causada por um enterovírus e é bastante comum em crianças, especialmente aquelas com menos de cinco anos.

Nos primeiros meses de 2023, foram notificados 20 surtos da doença, ou seja, quando há mais de três casos em um mesmo local. Somados, esses surtos representam 210 casos em 15 municípios. No ano passado, foram 68 surtos em 35 cidades, que somaram 581 casos. O ano de 2021 terminou com 172 surtos em 76 municípios, totalizando mais de 3,3 mil casos.

Foto: Reprodução / Porto Alegre 24 horas

A maioria dos surtos ocorreu em creches. A notificação da doença é obrigatória apenas em caso de surto, por isso, casos isolados não são contabilizados.

A transmissão da doença é fecal-oral, ou seja, ocorre pelo contato com pessoas, fezes, saliva, secreções, objetos ou alimentos contaminados. Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante cerca de quatro semanas. Por isso, a higiene das mãos deve ser intensificada mesmo após a melhora dos sintomas. Os profissionais que trabalham em escolas de Educação Infantil precisam ter atenção redobrada nas rotinas de troca de fraldas.

As principais medidas de controle incluem o afastamento dos sintomáticos até a resolução dos sintomas e a intensificação das medidas de higiene das mãos, do ambiente e das superfícies, com foco especial em objetos compartilhados, como brinquedos.

Sinais e sintomas

  • Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
  • Aparecimento na boca, amígdalas e faringe de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro, que podem evoluir para ulcerações dolorosas e ocasionar dificuldade para engolir e muita salivação;
  • Erupção de pequenas bolhas, especialmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que podem ocorrer também nas nádegas e na região genital;
  • Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia.

De forma geral, o quadro é autolimitado, ou seja, melhora espontaneamente e tem duração de cinco a sete dias. O tratamento recomendado é sintomático e a orientação é para a criança aumentar o consumo de líquidos, repouso e alimentação leve.

Fonte: Terra

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