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Taxação do Sol no Piauí: entenda como sua conta fica mais cara com a cobrança e os impactos na energia solar

Taxa que, até 2028 chegará a 90%, entrou em vigor em janeiro de 2023, provocando uma retração inicial nas vendas de placas solares

A chamada “taxação do Sol” refere-se à tarifa aplicada sobre a geração de energia solar, imposta a clientes que possuem o sistema. Esses consumidores pagam uma tarifa à Equatorial Energia pelo uso da rede de energia e distribuição.

A Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) inclui custos de uso e distribuição de energia, dividindo em Fio A (transmissão) e Fio B (distribuição). A “taxação do Sol” corresponde ao Fio B e foi aprovada em 2022, com objetivo de garantir a manutenção e aprimoramento da rede de distribuição.

A implementação da cobrança segue um cronograma gradual até 2028, com as seguintes porcentagens:

  • 2023: 15%
  • 2024: 30%
  • 2025: 45%
  • 2026: 60%
  • 2027: 75%
  • 2028: 90%
Foto: (Reprodução)

A taxa entrou em vigor neste mês de junho, para quem aderiu o sistema a partir de janeiro de 2023, provocando uma retração inicial nas vendas de placas solares. No entanto, a procura voltou a crescer na metade de 2023, impulsionada pela queda nos preços das empresas solares. Rodrigo Araújo, proprietário da empresa Smart Solar, relatou que, apesar da taxação, o mercado de energia solar continua em expansão anual.

Mesmo com essa taxação, o mercado de energia solar cresce em torno de 300% ao ano. A energia solar é um caminho sem volta, é limpa, renovável e sustentável. Antes, havia uma economia de até 95% na conta de energia, e hoje caiu para 80-85%. O impacto foi muito pequeno. Com a drástica redução nos preços dos sistemas fotovoltaicos, os clientes estão cada vez mais buscando essa forma de economizar com a energia solar”, afirmou Rodrigo.

Ao contratar uma empresa de energia solar, é essencial calcular as taxas ao longo dos anos e entender como a companhia de energia vai cobrar a TUSD. O economista Emílio Falcão explica que a energia alternativa ainda é compensadora, desde que o consumidor realize uma pesquisa minuciosa para compreender o cálculo da tarifa.

“Ainda considero compensador investir em energia solar, mas é necessário buscar esclarecimentos junto à Equatorial sobre a ‘taxação do Sol’”, acrescentou Emílio.

Foto: (Reprodução)

Algumas reclamações surgiram devido ao valor excessivo da taxa, e o economista destacou a importância de estar atento à distribuição, transmissão e consumo de energia ao optar por energia alternativa.

“A Equatorial não está sendo criteriosa e esclarecedora para o consumidor sobre como é realizado o cálculo. Isso tem gerado descontentamento e insatisfação entre os consumidores”, concluiu o economista.

Gilberto Santos, comerciante e aposentado, que possui um sistema de energia solar, declarou que, mesmo com a taxação, acredita que essa foi a melhor opção para ele e pretende continuar com essa escolha.

“Tenho muitos eletrodomésticos que consomem muita energia. As placas solares foram a melhor opção para reduzir a conta de luz. Claro que a taxação assusta um pouco. Vi casos em que a porcentagem foi maior do que deveria, mas isso não aconteceu comigo. Se ocorrer, vou buscar meus direitos”, expõe Gilberto.

Foto: (Reprodução)

A “taxação do Sol” impõe um desafio adicional para os consumidores de energia solar no Piauí, exigindo uma maior conscientização sobre as tarifas e os cálculos realizados pelas empresas de energia, a fim de garantir um uso justo e transparente dos sistemas de energia alternativa.

OitoMeia entrou em contato com Equatorial Energia, para obter esclarecimentos sobre a forma como a cobrança da taxa está sendo realizada. No entanto, até o momento, não houve retorno.

Fonte: OitoMeia

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