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Com apoio das filhas, idosa supera barreiras e se forma em Direito no Piauí

Zilma cursa direito em uma faculdade particular de Teresina (Foto: G1 / PI)

A estudante universitária Zilma Ferreira, 61 anos, superou barreiras para realizar o sonho de ser formar em direito. A idosa criou duas filhas sozinhas, trabalhando informalmente e depois de anos longe dos livros, contou com o apoio delas para voltar a estudar e ingressar no ensino superior em uma faculdade particular de Teresina.

Zilma interrompeu os estudos quando tinha 17 anos por conta da primeira gravidez. Ela contou que foi abandonada pelo marido e teve que criar a filha sozinha. Trabalhou de forma informal durante muitos anos para garantir que as filhas pudessem estudar, conseguir uma formação e uma carreira.

Depois que as filhas casaram, Zilma foi morar em um sítio onde fazia trabalho rural. “Quebrei minha coluna inteira com isso. Fiz duas cirurgias na coluna, tenho mais duas para fazer. Foi aí que desisti e decidi estudar”, contou ao G1.

Apoio das filhas foi fundamental para estudante

Ela prestou vestibular para o curso de direito em uma faculdade particular de Teresina e contou com apoio das filhas, uma fonoaudióloga, de 30 anos, e uma empresária, de 43 anos, para ajudarem nas despesas e contribuírem para seus estudos.

“As duas me ajudam. Uma delas paga metade da mensalidade. A outra metade eu consegui fazer o financiamento para pagar depois que terminar o curso. Eu também vendo ovo de galinha caipira para conseguir uma renda extra”, explicou Zilma.

Atualmente cursando o 9º período, a idosa aguarda pela formatura no início do próximo ano. “Foi muito sofrimento chegar até aqui. Quando olho para trás vejo o tanto que lutei e isso é como uma luz no fim do túnel. Sinto que fez a diferença eu ter decidido fazer o curso e pretendo trabalhar com direito previdenciário para ajudar pessoas necessitadas”, declarou.

Zilma conta que não vê a idade como uma barreira e revela que tem muita disposição e planos para o futuro. “A gente vem nessa vida para deixar algum legado e eu ainda espero fazer isso usando o que eu aprendi no curso. A mulher é muito forte, não tem nada de sexo frágil. Ela pode dar à luz, criar os filhos e ainda correr atrás do que quer”, finalizou.

Fonte: G1

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