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Sem comida, moradores recorrem a restos de ossos e carne rejeitados por mercados

Sem comida moradores recorrem a restos de ossos e carne rejeitados por supermercados, na Glória, Zona Sul do Rio de Janeiro.

A população recolhe ossos e pelancas de supermercados da cidade. Sensibilizados, motorista e ajudante da empresa doam ali toda terça e quinta parte do que foi recolhido.

Diante do desemprego que ficou em 14,1% no segundo trimestre de 2021, atingindo 14,4 milhões de brasileiros e da inflação galopante que com a prévia deste mês chegou a 10,05% no acumulado em 12 meses, essa é a única esperança dessas pessoas de encontrarem um pedaço de carne para matar a fome.

Fotoi: Dominigos Peixoto

Uma vez por semana, a desempregada Vanessa Avelino de Souza, de 48 anos, que mora nas ruas do Rio, caminha até o ponto de distribuição. Com paciência, separa pelanca por pelanca, osso por osso em busca de algo melhor para pôr na sacola.

“A gente limpa e separa o resto de carne. Com o osso, fazemos sopa, colocamos no arroz, no feijão… Depois de fritar, guardamos a gordura e usamos para fazer a comida, explica Vanessa.

“Não vejo um pedaço de carne há muito tempo, desde que a pandemia começou. Esse osso é a nossa mistura. Levamos para casa e fazemos para os meninos comerem. Sou muito grata por ter isso aqui”, disse outra moradora.

Fotoi: Dominigos Peixoto

Fonte: Extra

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