Nordeste do Brasil pode se tornar inabitável em 50 anos, revela Nasa
Um estudo da NASA publicado na revista Science Advances aponta o Brasil como um dos lugares que podem ficar inabitáveis em 50 anos devido os efeitos do aquecimento global. O Brasil está entre as cinco regiões mais afetadas, com destaque para o Nordeste, uma vez que o calor pode impossibilitar a sobrevivência humana dentro de cinco décadas.
O relatório indica que o aumento das temperaturas, a intensificação de eventos climáticos extremos e a escassez de água podem tornar vastas áreas do planeta inóspitas para a vida humana.
O Brasil é uma das cinco regiões que podem ficar sem água em 50 anos por causa do desmatamento e das secas frequentes, da urbanização e emissão de gases poluentes nas áreas mais populosas do país e devido à desertificação e falta de água.
Outras regiões citadas no estudo no mundo são: o Sul da Ásia, incluindo países como Índia, Paquistão e Bangladesh; Golfo Pérsico, abrangendo países como Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos; Nordeste da China, uma das regiões mais populosas do planeta; Partes do Sudeste Asiático, incluindo Tailândia, Vietnã e Filipinas.
Junho de 2024 foi o mais quente já registrado na história
O mundo atingiu mais um marco preocupante no que diz respeito ao aquecimento global: junho de 2024 foi o mais quente já registrado na história. Junho foi o 13º mês consecutivo em que a temperatura média global bateu recordes, segundo dados da Agência Climática Copernicus, uma instituição europeia especializada no monitoramento das mudanças climáticas.
O professor Rafael Marques, Mestre em Estudos Regionais e Geoambientais e doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais, explica que a temperatura média dos últimos meses foi 1,5 °C acima da média da era pré-industrial.
Em termos simples, isso significa que o planeta está consistentemente mais quente do que era antes da Revolução Industrial, que começou no final do século XVIII. “Isso indica claramente a emergência climática que estamos vivenciando e a necessidade urgente de políticas públicas para atenuar esse aumento”, afirmou o professor.
Fonte: Portal O Dia