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Óbito por febre do Nilo deixa Piauí em alerta e Saúde investiga 40 casos

Ilustração campanha Febre do Nilo (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde confirmou que o Piauí é o único estado com confirmação de casos da febre do Nilo Ocidental em humanos.

A Secretaria de Saúde anunciou que foi registrado um óbito (caso de 2017) pela doença. A confirmação deixa o Piauí em situação de alerta e há cerca de 40 casos sendo investigados no estado.

O Ministério da Saúde confirmou que de 2014 a julho de 2019, foram notificados 366 casos humanos suspeitos da febre do Nilo, 161 foram descartados, dois foram inconclusivos e 200 permanecem em investigação. No Piauí, cerca de 40 estão sob suspeitas aguardando resultado do laboratório.

Em nota, o governo federal disse que as causas da morte da idosa de 71 anos, em Piripiri, ainda não estão confirmadas. A paciente é o terceiro caso e estava com o quadro de febre alta, dor de cabeça, vômitos, dores musculares, confusão mental e letargia. O quadro dela evoluiu para uma paralisia do lado direito e crises convulsivas.

O Ministério da Saúde ressalta ainda que a causa básica da morte da idosa passará por uma investigação minuciosa. “A pasta está em contato permanente com o estado do Piauí para apoiá-los nas investigações e na compreensão da situação epidemiológica”, destacou.

Veja nota do Ministério da Saúde:

O Ministério da Saúde confirma o terceiro caso humano de Febre do Nilo Ocidental (FNO), em Piripiri/PI. Em junho de 2017, um paciente apresentou quadro de encefalite viral aguda e evoluiu para o óbito, que ocorreu em 07/08/2017, porém a causa não está confirmada. Outros dois casos já tinham sido confirmados (julho/2014 e junho/2017), também no estado, mas esses não evoluíram para óbito. A pasta está em contato permanente com o estado do Piauí para apoiá-los nas investigações e na compreensão da situação epidemiológica.

De 2014 a julho de 2019, foram notificados ao Ministério da Saúde 366 casos humanos suspeitos, dos quais 161 foram descartados, 02 foram inconclusivos, 200 permanecem em investigação e 03 foram confirmados para Febre do Nilo Ocidental.

Não existe tratamento específico para os quadros moderados e leves sem comprometimento do sistema nervoso central. É apenas sintomático, com assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos, quando indicado. Nas formas graves, com envolvimento do sistema nervoso central, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva, com o intuito de reduzir as complicações e o risco de óbito. O tratamento é de suporte, frequentemente envolvendo hospitalização, reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias.

O superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Herlon Guimarães, confirmou que de 2017 pra cá cerca de 40 casos são investigados sob suspeita da doença.

“É preciso de uma investigação criteriosa, pois o vírus é primo irmão da dengue, zika e o laboratório tem que fazer vários testes para a sua confirmação”, disse Herlon Guimarães.

Referência nacional

Segundo ele, o Piauí está registrando os casos de febre do Nilo porque é o único estado com uma rede de serviços neurológico eficiente.
“Tivemos uma parcela de contribuição no manual de vigilância nacional no setor de neurologia, devido o nosso expertise e a referência que é hoje o estado para a detecção da doença”.

Aves migratórias

A Fundação Municipal de Saúde divulgou nota informando que acompanha os casos.

Informou ainda que o litoral e o interior do estado do Piauí situam-se em rotas de aves migratórias, apontadas como elos importantes na disseminação da doença, de acordo com o Centro Nacional de Pesquisa para a Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBIO).

“O vírus foi detectado também no estado do Espírito Santo, em 2018, e no estado do Ceará, em 2019”, diz a nota da Fundação.

O vírus da febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo).

Os hospedeiros naturais são algumas espécies como aves silvestres. Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem é considerado um hospedeiro acidental.

Fonte: Cidade Verde

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