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Operação Reagente da PF: veja nomes das 28 cidades que estão sob investigação

Operação Reagente deflagrada pela Polícia Federal surgiu de uma apuração feita com o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) e com o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), que descobriu fraude e superfaturamento envolvendo prefeituras, agentes públicos, empresas e laboratórios.

Segundo a investigação, agentes públicos e empresários utilizaram documentos falsos na aquisição de testes para Covid-19. O alvo principal foi o contrato de dispensa de licitação de número 21/2020, instaurada pela Prefeitura Municipal de Picos para a compra desses exames.

Funcionava assim: os contratos eram direcionados a empresas que já sabiam da fraude. Testes que custavam entre R$ 120 e R$ 150 eram comprados pelos agentes públicos por R$ 170 e R$ 210, respectivamente, o preço da unidade. PF, TCE e DENASUS consideram então que existiu a prática de superfaturamento de aproximadamente 40%.

Agentes da Polícia Federal fazem busca e apreensão na Prefeitura de Picos (Foto: Divulgação PF-PI)

Com o prejuízo direto em recursos oriundos de emendas federais, a PF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão nos municípios de Picos, Bom Jesus e Uruçuí. As ordens judiciais foram expedidas pela Subseção Judiciária Federal em Picos, cidade que serviu de modelo para início dos trabalhos.

A investigação aponta que o mesmo modelo de fraude detectada em Picos, segundo a PF, foi copiado por empresas da área da saúde, especialmente laboratórios, em outros 28 municípios do interior do Piauí. Em Bom Jesus e em Uruçuí, foram instauradas dispensas de licitação fraudulentas e comprados os testes IGG/IGM com superfaturamento.

Agentes da Polícia Federal também na sede da Secretaria de Saúde de Bom Jesus (Foto: Divulgação PF-PI)

O ENVOLVIMENTO DA PRODLAB

No último dia 12 de junho de 2020, o TCE-PI, através de uma decisão do conselheiro Jailson Campelo, determinou a suspensão de contrato de 28 cidades com a empresa Prodlab, de propriedade de Ronaldo da Silva) alegando possível fraude no contrato firmado com a prefeitura de Picos, do prefeito Padre Walmir (PT). Teriam combinado valores para beneficiar a empresa, que tem sede em Teresina.

A Polícia Federal, ao deflagrar a operação, chegou por volta das 6h à sede da Prodlab, e ficou por cerca de duas horas no laboratório. A reportagem do OitoMeia acompanhou todos os trabalhos desde o início, mas nenhum dos agentes falou com a imprensa. Apenas que a assessoria emitiria uma nota com as devidas informações. Procurado, o empresário a Prodlab não foi encontrado para dar a sua versão sobre o caso. O OitoMeia deixa o espaço aberto para qualquer esclarecimento. Nossos contatos: email é [email protected] e o telefone/whatsapp é o 86 98119 5253.

Confira a lista de cidades envolvidas de acordo com a investigação:

1-Acauã

2-Alvorada do Gurguéia

3-Arraial, Baixa Grande do Ribeiro

4-Belém do Piauí

5-Bocaína

6-Bom Jesus

7-Campo Grande do Piauí

8-Elizeu Martins

9-Francisco Macêdo

10-Fronteiras

11-Ipiranga do Piauí

12-Isaías Coelho

13-Júlio Borges

14-Landri Sales

15-Massapê do Piauí

16-Monsenhor Hipólito

17-Picos

18-Redenção do Gurgueia

19-Santana do Piauí

20-Santo Antônio do Lisboa

21-São João da Canabrava

22-São João do Piauí

23-São José do Peixe

24-São José do Piauí

25-São Luís do Piauí

26-Sebastião Leal

27-Sussuapara

28-Uruçuí

Fonte: Oito Meia

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