A Justiça Militar da União condenou o major do Exército João Paulo da Costa Araújo a dois anos de prisão por desobediência, após fazer campanha política para o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro nas redes sociais. O militar foi preso preventivamente em maio de 2021, em Teresina (PI), por ter desrespeitado ordens superiores e feito pelo menos 90 posts em apoio a Bolsonaro. Ele chegou a nomear seu perfil na rede como “político” e era pré-candidato a deputado federal pela sigla do presidente.
De acordo com o Ministério Público Militar, o major descumpriu ordens superiores por 47 vezes e ignorou de forma veemente a ordem do comandante da 10ª Região Militar, ferindo os princípios de hierarquia e disciplina. O réu foi condenado em dois julgamentos na última semana por se recusar a apagar os vídeos partidários que havia postado e por ter ignorado ordens militares.
O juiz Rodolfo Menezes, da 10ª Circunscrição Judiciária Militar, afirmou que o militar causou prejuízo à hierarquia e disciplina militares ao continuar publicando vídeos e postagens sobre o tema, mesmo após receber ordens superiores para não fazê-lo. A condenação do major João Paulo da Costa Araújo demonstra a importância do cumprimento das normas e regras estabelecidas pela hierarquia militar, bem como a necessidade de separação entre a atuação das Forças Armadas e a política partidária.
Fonte: 180graus
