O Tribunal Popular do Júri, em Picos, condenou José Adriano dos Santos, a 28 anos de reclusão, pelo assassinato da ex-companheira Jarnicleide de Holanda Leal. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Piauí, o réu não aceitava a separação de sua ex-companheira, e a matou com um tiro na cabeça disparado com uma espingarda.
Em plenário, o promotor de Justiça Sebastião Jackson Borges sustentou integralmente a acusação por um homicídio na modalidade feminicídio, quadruplamente qualificado. Submetido a julgamento, na segunda-feira (19), o egrégio Conselho de Sentença, em resposta aos dois primeiros quesitos, reconheceu a materialidade e autoria do crime de homicídio, e ainda, admitiu as qualificadoras do motivo fútil, meio cruel, dissimulação com recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e do feminicídio.
Diante da ausência de outras circunstâncias e causas de diminuição ou aumento da pena, a juíza fixou a pena em 28 (vinte e oito) anos de reclusão, fixando como regime de cumprimento da pena o inicial fechado. O crime aconteceu no bairro Umari, zona rural de Picos, no dia 03 de maio de 2017.
Sobre o caso
Segundo a investigação policial, José Adriano dos Santos, de 47 anos, não aceitava a separação de sua ex-esposa, Jarnicleide Holanda, de 25 anos. A vítima já estava separada do réu e morando em outra cidade, quando no dia do crime esteve em Picos (PI) para visitar parentes. Neste dia de 3 de maio de 2017, el estava no Povoado Umari quando o suspeito a chamou e deu um tiro de espingarda na cabeça dela, que morreu no local. Após o crime, ele fugiu e só se apresentou a Polícia dois dias após o crime, passado o período de prisão em Flagrante, porém acabou sendo preso porque já havia um mandado judicial para sua prisão. Desde então, ele aguardava julgamento recluso na Penitenciária de Picos. O caso ganhou bastante repercussão na época.
Com informações MP-PI
