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De obeso a debilitado: as mudanças físicas de Bruno Covas antes e após o câncer

Faleceu neste domingo (16/05) o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que estava licenciado do cargo para o tratamento de um câncer. Ele descobriu a doença em 2019 e desde então lutou contra as complicações.

O avô dele, Mário Covas, ex-governador de São Paulo, morreu após enfrentar um câncer na bexiga em 2001.

Desde que assumiu como vice-prefeito, em 2017, Bruno passou por uma série de mudanças físicas, que foram mais drásticas durante o tratamento do câncer.

Obesidade
Como descreveu uma matéria da Época de 2018, ele era gordinho desde a infância e vivia à base de Coca-Cola e porcarias. Em 2016, com quase 100 kg, passou mal durante uma viagem, foi diagnosticado com cálculo renal, fez cirurgia para tirar as pedras nos rins e depois decidiu fazer uma mudança alimentar que o fez perder vários quilos.

Novo estilo de vida
Mais magro, outra mudança radical foi quando ele decidiu raspar o cabelo, visual adotado desde então.

Em 2018, quando Doria renunciou para disputar o Governo do São Paulo, Bruno assumiu a prefeitura, mas um ano depois descobriu o câncer.

Tratamento contra o câncer
Ele foi internado no Hospital Sírio-Libanês no dia 23 de outubro de 2019, para tratar uma erisipela em uma das pernas, mas foi descoberto que ele apresentava diagnóstico de trombose venosa. Além disso, verificou-se que havia um tumor no trato digestivo, quando fez sessões de quimioterapia para combater o câncer.

Em fevereiro de 2020 seu estado era considerado ótimo após várias sessões de quimioterapia, mas em maio foi internado após um desconforto abdominal e foi descoberta uma inflamação no intestino.

Bruno disputou as eleições de 2020 e foi reeleito, tomou posse, mas em abril deste ano novos focos do câncer forma descobertos, fez tratamento e recebeu alta no mesmo mês.

Dia 2 de maio ele anunciou que se licenciaria por 30 dias para continuar o tratamento. Ricardo Nunes assumiu a prefeitura.

Médicos descobriram um sangramento na cárdia, região de transição entre o esôfago inferior e o estômago, onde já havia o tumor original. Ele precisou ser transferido para a UTI e iniciou uma nova fase de tratamento, combinando imunoterapia com terapia-alvo.

Dia 14 de maio de 2021, foi publicado boletim médico anunciando que seu quadro clínico era irreversível, vindo a falecer neste domingo.

Sobre o câncer
O câncer que Bruno enfrentou pode estar associado ao excesso de peso. Como já teve obesidade, isso pode ocasionar inflamações crônicas e refluxo, que é um fator de risco para formação de tumores. segundo disse ao R7 a oncologista Ignez Braghiroli.

Ela reiterou a importância de uma alimentação saudável para diminuir o sobrepeso e a inflamação, que pode evoluir para um câncer maligno.

O diagnóstico tardio também pode trazer complicações. No caso de Bruno, a doença já havia atingido os linfonodos do fígado e depois se espalhou para os ossos e o próprio fígado.

Fonte: R7

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