Pio IX

Kennedy Lima, de Pio IX: primeiro piauiense da história no nado artístico brasileiro

Kennedy Lima, de 34 anos, natural do município de Pio IX, sertão do Piauí, distante a 425 km de Teresina, é o primeiro piauiense da história do nado artístico brasileiro. O atleta conquistou, recentemente, o quinto lugar do Campeonato Brasileiro de Nado Artístico. O esporte, que ainda não existe no Piauí, é um dos mais assistidos nas competições olímpicas.

Kennedy Lima, de Pio IX é o 1º piauiense da história no nado artístico brasileiro – Foto: Reprodução

De Pio IX para Crato, no Ceará, até que aos 16 anos, ele foi para uma companhia de dança no Rio de Janeiro. Depois, os esforços se concentraram da dança para o nado artístico, esporte que captou Kennedy Lima, colocando-o em destaque. A experiência com a dança foi salutar para o desenvolvimento do atleta.

Habilidade, precisão, ritmo, técnica. Quem já assistiu uma apresentação de nado artístico sabe como o belo esporte é rígido a cada movimento, que influencia na nota final. Kennedy pratica com propriedade um dos esportes olímpicos mais detalhistas que existem.

Com o sonho de ver o nado artístico se desenvolver no Piauí, Kennedy conta que esquece de contar sobre o seu pioneirismo em entrevistas, mas que tem orgulho de ser o primeiro atleta do esporte natural do Piauí. A expectativa é de mais medalhas no peito e mais troféus nas prateleiras.

Para NOSSA GENTE, Kennedy Lima é uma amostra de como o Piauí é um celeiro de talentos nas mais diversas modalidades. Corrida, judô, natação e – por que não? – o nado artístico.

Jornal Meio Norte: Quando o nado artístico passou a fazer parte da sua vida?

Kennedy Lima: Vim para o Rio de Janeiro porque passei em uma companhia de dança. E depois comecei no esporte. Esse foi o meu 5º campeonato brasileiro. Comecei em 2018.

Que o Piauí possa ter, futuramente, o esporte sendo praticado. Temos muitos talentos e muitas possibilidades. O Estado deve olhar com carinho para essa possibilidade, pois o esporte salva e oportuniza vivências.Kennedy Lima

JMN: Como você observa esportes como a natação e o nado artístico no Piauí?

KL: Saí daí muito cedo, aos 16 anos. Só sei que não existe o esporte [nado artístico] aí no Piauí. Infelizmente. E eu desejo que o nado artístico se massifique. Que o Piauí possa ter, futuramente, o esporte sendo praticado. Temos muitos talentos e muitas possibilidades. O Estado deve olhar com carinho para essa possibilidade, pois o esporte salva e oportuniza vivências e transformações para uma nação.

JMN: Nas olimpíadas, o nado artístico era um esporte destinado às mulheres até pouco tempo. Você já sofreu algum tipo de preconceito por ter escolhido este esporte

KL:  Não. O preconceito a gente sabe que existe. Muito embora no esporte, o nado artístico, ele seja mais velado. Mas por parte dos atletas é muito bem recebido. A presença masculina nos duetos mistos soma bastante. Inclusive é uma das provas mais assistidas nos campeonatos mundiais.

JMN: Você conquistou o quinto lugar do Campeonato Brasileiro de Nado Artístico. É um marco na sua carreira?

KL: O marco na minha carreira como atleta foi fazer parte da fundação da primeira equipe masculina de nado artístico da América Latina e ser o primeiro dueto masculino da América Latina. Essas foram as duas maiores conquistas. Além disso, sei que sou o primeiro atleta na história do Estado a praticar a modalidade.

JMN: Você é de Pio IX. Como foi sua trajetória até chegar ao Rio de Janeiro?

KL: De Pio IX eu morei no Crato, no Ceará. E de lá vim para o Rio de Janeiro.

Fonte: Meio Norte

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