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Piauienses fazem curso de exorcismo, oração e libertação no Vaticano

O Vaticano acaba de concluir seu curso anual de exorcismo em meio a uma demanda crescente de comunidades católicas ao redor do mundo. O padre piauiense Neto Rego e o leigo Jucelino Sousa Filho, ministro extraordinário da comunhão, cura, libertação e exorcismo, participaram do curso em Roma, para, entre outras coisas, aprenderem a identificar uma “possessão demoníaca”, ouvir testemunhos de colegas e conhecer os rituais para a “expulsão de demônios”.

Jucelino Sousa Filho, ministro extraordinário da comunhão em Teresina - Foto: Reprodução/TV Jornal
Jucelino Sousa Filho, ministro extraordinário da comunhão em Teresina – Foto: Reprodução/TV Jornal

O religioso conheceu entrevista nesta quinta-feira (02), para o Notícias da Boa e afirmou que curso do Vaticano é denominado “Exorcismo e a Oração da Libertação” e começou a ser ministrado em 2005. O currículo inclui abordagens da teologia, psicologia e antropologia. A prática é polêmica, em parte pela forma como é apresentado na cultura popular – particularmente, em filmes de terror. Mas também houve relatos de abusos cometidos em sessões de exorcismo em várias seitas religiosas diferentes.

“O curso fiz junto com o padre Neto Rego, na Universidade Pontifícia Regina,  na Itália. É um curso liberado pelo Vaticano para os padres, mas desde 2015 o papa Francisco liberou para os leigos, que é meu caso, e é um curso que ajuda os padres a fazer o exorcismo, que é quando a pessoa esta com possessão diabólica. No curso a gente aprende a tratar a pessoa com esse tipo de possessão, aprende a ter o manejo, o discernimento de quando a pessoa está possessa, a diferença entre o caso de problemas psiquiátricos, opressão e possessão”, declarou.

Padre mostra certificado de curso sobre exorcismo realizado no Vaticano
Padre mostra certificado de curso sobre exorcismo realizado no Vaticano

Quando é que um exorcismo é autorizado?

Em 1999, a Igreja Católica fez a primeira grande atualização nas regras sobre exorcismo desde 1614, distinguindo a possessão demoníaca de doenças físicas e psicológicas.

O que ocorre no exorcismo?

Em geral, o padre, pratica o ritual usando uma túnica branca de renda chamada sobrepeliz com uma estola roxa. A pessoa possuída pode ser atada, e água benta deve ser usada. O padre faz o sinal da cruz várias vezes em frente à pessoa ao longo do procedimento.

O padre convoca santos, reza e lê trechos da Bíblia nos quais Jesus expulsa demônios de pessoas.

Em nome de Jesus, ele pede ao demônio que se renda a Deus e vá embora, tantas vezes quanto necessário. Assim que o padre se convence de que o exorcismo funcionou, ele reza a Deus para que impeça o espírito maligno de importunar a pessoa afetada novamente, e que, em vez disso, a “bondade e paz do nosso Senhor Jesus Cristo” se apossem dela.

Quais são as críticas?

Há muitas críticas ao exorcismo e preocupações de que ele esteja sendo usado por sacerdotes religiosos para abusar de crianças e outras pessoas vulneráveis.

Houve casos de mortes em rituais associados ao exorcismo.

De maneira geral, há o risco de pessoas com doenças como epilepsia ou esquizofrenia serem erroneamente consideradas “possuídas” e, por isso, deixarem de receber tratamento médico adequado.

Fonte: Meio Norte

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